segunda-feira, 16 de junho de 2008

Belo e triste domingo


sinto-me mais uma vez sem um chão pra sustentar meus pés
triste tarde de domingo, que me leva a beira da loucura
estou sem saber por onde começar
da alegria a tristeza se torna um segundo de distancia
há algum tempo quando eu julgava que ninguém poderia me entender
e me deram uma falsa esperança disso
eu pude me sentir transbordando em euforia
alegria cretina contentamento inventivo
não houve nenhum entendimento
nada que me remeteu um milímetro daqui
eu não poderia pedir pra ninguém me entender
às vezes nem eu mesma me entendo
a culpa foi minha
eu quis quebrar as barreiras que me cercavam
quis ser mais humana e poder sentir algo diferente
pra que ?
não mudei, enganei a mim mesma
eu não consigo distinguir o certo do errado
e nem sei se algum dia eu poderei discernir
a loucura faz meu riso virar choro
Faz-me enxergar alem da matéria
Faz-me sentir a ultima das criaturas
da pior das espécies
um transtorno, muita das vezes repentino
mas meu medo de não conseguir voltar
torna-se cada vez maior
porque é tão fácil se sentir bem quando tudo esta bom
o difícil é continuar sendo ‘voce’ quando tudo esta a um passo de desmoronar
porque é fácil enxugar uma lagrima do rosto de alguém
e tão difícil segurar uma mão quando tudo esta tão complicado
porque é simples dizer que compreende alguém
e tão fácil ignorar quando este alguém já não te importa mais
é tão fácil brincar com o sentimento de alguém
E então já me torno sem argumentos
o que me resta é esquecer o q houve ate aqui e começar tudo de novo

sábado, 14 de junho de 2008

Rain



chuva
longa extensão de pingos que tocam minha pele me fazendo sentir o frio
torna-se tão intensa ,às vezes , que parece que corta minha alma
pela sincronia fina que me dá, quando consigo perceber a sua conseqüência
mórbido, oportunidade congelada
vicio? hábito? ainda não consegui definir
o que tenho certeza é que preciso respirar esses dias
cada vez com mais intensidade, como se fosse o inicio
chuva
que te lava e deixa-te límpido
a ponto de te ver por dentro
sentir tua angustia e perceber teu medo
admirar teu sorriso e incrivelmente ficar abismada com a tua paz e lucidez
chuva
que deixa o ser humano frágil
a faixa de contar seus segredos
e jogar com o próprio futuro
chuva
que cai em forma de lagrimas
que faz do silencio , uma manifestação de sons
escutar,sentir, ou apenas admirar
chorar , gritar na chuva ou simplesmente esperá-la passar e não aproveitar seu melhor

domingo, 8 de junho de 2008

InSaNo

certa manha choveu dentro dos meus olhos
talvez fosse porque naquele dia eu saberia que não
poderia ser mais do que eu já era dentro da sua existência

melancolia abundante que estilhaça todo teu adorável contemplar
significaria que ter um pedaço mínimo do teu hálito
valeria o ocaso e com ele o meu silencio letargo
ficarias comigo por tal sacrifício?
creio que nem por isso moveria um estreito

às vezes eu sinto que tal ar me falta
Fazendo-me lembrar como se fosse hoje
acabando com meu dia
Tirando-me a paz por menor que ela fosse
Fez-me transpirar em dor , e agora sinto o gosto de tal experiência

como se as lagrimas tivessem secado
não consegui mostrar como aquela navalha ainda cortava minhas veias
como se todo o espetáculo
tivesse sido em vão
se tocares minha pele , poderia sentir o frio que corre dentro de mim
se vir no fundo do cristalino de meus olhos, poderia ver que não há a veemência
que havia há tempos atrás
se puxares pela toda sua consciência
poderias ver o que ate hoje me trouxe ate voce, sempre que consegui rastejar em teus tempos
mas se pouco disso não consegue mudar tão sinistra presença
nada mais do que isso poderia fazer com que qualquer passo que desse
pudesse mudar mais um dia